Arquivos postados em março de 2006 
24 de Março de 2006

Ando alheia a tudo. Falo coisas que sem sentido, me perco dentro de casa. Ando tendo tanta falta de criatividade que até perco a paciência. Os pensamentos - e esses são tantos- não querem sair.
Ainda assim, minha jornada sem prenúncio de chegada prossegue com o final em si mesma. Sou parte. Compartilho- sou todo que se reparte.
Por isso continuo com meus sorrisos, continuo a fazer festas. Porque sei que, pior de tudo, é a tal da inércia...
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22 de Março de 2006


Wishlist - Pearl Jam

I wish I was a neutron bomb, for once I could go off

I wish I was a sacrifice, but somehow still lived on

I wish I was a sentimental ornament you hung on

The Christmas tree, I wish I was the star that went on top

I wish I was the evidence,

I wish I was the grounds

For 50 million hands upraised and open toward the sky



I wish I was a sailor with someone who waited for me

I wish I was as fortunate, as fortunate as me

I wish I was a messenger and all the news was good

I wish I was the full moon shining off your Camaro's hood

I wish I was an alien at home behind the sun

I wish I was the souvenir you kept your house key on

I wish I was the pedal brake that you depended on

I wish I was the verb 'to trust' and never let you down

I wish I was a radio song, the one that you turned up
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20 de Março de 2006

Ou não...
Certeza é uma verdade irrefutável, que pode ser contestada e nunca será desmentida - ou não. Qualquer teoria, postulado, teorema, idéia, teste ou seja lá que raios for, pode estar errado em algum ponto - ou não. Na verdade, a dúvida sempre vai existir - ou não.

Claro que isso tudo (aí em cima) é uma grande brincadeira - ou não. Eu simplesmente queria me divertir com a minha mais recente (re)descoberta viciante expressão "ou não" que pode ser empregada em qualquer situação - ou não. Além de contestar tudo, ainda deixa qualquer defensor de uma teoria em dúvida - ou não. O "ou não" é aplicado pelas pessoas mais chatas, do contras, que sempre querem discordar - ou não. Na hora que o mala não tem argumentos para discutir a proposta feita ele simplesmente fala "OU NÃO!" e pronto tudo foi por água abaixo - ou não.

Nem sei por que estou escrevendo isso - ou sim. Passei uma tarde atipicamente divertida - ou não. Enfim,, estou simplesmente parafraseando o produto das abelhas - ou não.

For a emo friend. You know who you are - or not.
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18 de Março de 2006

Tenho muitas coisas de baixo da cama.

Tenho sonhos e travesseiros.

Tenho um beijo que guardo até hoje.

Do dia que nunca vi.

De todos que não sei.
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15 de Março de 2006

Diamantes e pedaços de vidro
Às vezes parecia que eu nunca iria passar por isso.
Às vezes parecia que era tudo tão verdadeiro, que eu não me importava de passar por cima do que era importante pra mim tantas vezes.
Às vezes parecia que de tanto acreditar em tudo que me disseram, eu teria tudo que ninguém tem e até um pouco mais.
Às vezes parecia que era só imaginar e o mundo seria um livro aberto, com pessoas sinceras, idependente da conveniência.
Por tantas vezes eu acreditei que era assim. Que tudo era assim.
Até que chegou o dia em que vi que eu tentei ter mais que realmente tinha e que as pessoas estavam jogando fora o que, pra mim, não tinha preço.
De repente, percebo que o silêncio não passava de indiferença. Eu não me dou bem com indiferença, ela me machuca da forma mais dolorosa possível. Queria ver tudo como era antes, mas de nada vale fugir.
É tudo sem sentido, eu sei.
Eu só queria alguém que fosse me escutar sem usar o que eu disse contra mim.
Eu só estou tentando me defender.
Não quero dividir a arrogância de ninguém, nunca precisei desse tipo de coisa.
Se eu não parecer tão bem, não me pergunte o que há. Vou dizer que é essa chuva, e só.
Mas a verdade é que eu estou chateada. Cada vez mais. Cada vez mais chateada com a certeza de que não há ninguém em quem eu possa confiar. Cada vez mais magoada com as pessoas, que nem tem culpa. Cada vez mais descrente com meus verdadeiros amigos. Mas eu não vou abrir mão da minha lei, da minha exigência por verdade, por sinceridade. A verdade não me fere, nunca me feriu. A traição, ah... essa sim, traiçoeira, só nos faz sofrer. Só nos machuca.
E é por isso, que estou completamente convencida a viver com meus poucos e raros diamantes. É bem melhor do que ter tantos pedaços de vidro. Porque , no final, eles só servem pra nos cortar.
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13 de Março de 2006


Tenho saudade de afeto
quero um abraço bem longo, um beijo mais longo ainda
quero aquela corrida de braços abertos para receber pr'aquele abraço impulsivo e instintivo
quero tocar minha face em suas mãos
quero ser recíproca
de forma verdadeira.

Tenho saudade de afeto
quero um ouvido que me ouça e nada diga
quero um colo que me aconchegue sem cobrar nada
quero andar de madrugada pra jogar conversa fora
com você (mas você não gosta de caminhadas.... ou gosta?)

Tenho saudade de afeto
quero uma serenata pra te fazer sorrir
e chorar com vergonha (ou sem vergonha)
quero dedicar uma emoção
ganhar um carinho seu
quero dançar onde (e o que) você quiser
pra curtir nossos momentos de felicidade.

Tenho saudade de afeto
Queria um verão pra cada inverno seu
(alias que estão ficando cada vez mais rigorosos)
quero a compreensão na quantidade que comprrendo você
quero um conforto que você sabe dar
mas, mesmo quando não dá, eu gosto de você...

Tenho saudade de afeto
Apesar de tudo, gosto do seu stress que me faz rir
com suas contradições
Pena, que você tmb não entende meu stress (que dirá rir dele)...

E, assim, pra mim, isso bastaria.
Porque, fazer o quê,
se eu gosto mesmo é docê...
posted by Estefânia Mesquita at 7:08 PM 1 comments

Proibida pra mim
Eu achei seu cabelo engraçado...
Admito. Aquele corte não combinaria com mais ninguém
Mas ficou perfeito em você.

Eu disse que não podia (e nem queria) ficar
mas levei a sério o que você falou.
Cada palavra e cada olhar.

Eu fiz de tudo que pude,
pra você me roubar pra você.

Você me liga a qualquer e toda hora
E nem sabe o meu nome...

Talvez eu seja assim mesmo.
Talvez eu seja "proibida, no way"

Mas, ao contrário,
sou eu que me flagro pensando em você
e em tudo que eu queria que você me dissesse.

Se não eu, quem vai fazer você feliz?



E essa música foi feita sob medida...
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12 de Março de 2006


Ando procurando...
Ando procurando...

Procurando algo que perdi, mas nem mesmo sei o que é.
Sei que perdi, pois me faz tanta falta...
Não sei quem foi, nem quando,
mas sei que é insubstituível.
Não sei se vale a pena procurar nos lugares que nunca estive,
nas pessoas que nunca amei,
ou nas coisas que nunca me atraíram.
Não sei se vale a pena me esquecer do que tenho
e de tudo que já conquistei.
Não sei se encontrarei
Nem onde
Nem quando.
Mas sei que algumas coisas (pessoas),
valem mais que todas as outras juntas.
"Se um de vocês tem cem ovelhas e perde uma, será que não deixa as noventa e nove no campo para ir atrás da que se perdeu, até encontrá-la?"
-Lucas 15, 4
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08 de Março de 2006

Apoio
Dar um passo é fácil. Ou não. Dar um passo pra dentro da escola, no primeiro dia de aula, é difícil, e é só um passo. Mas "dá-me um ponto e moverei o mundo", lá está a super-mãe, o super-pai, a super-pessoa que dá a motivação que você precisa.

Ligar pra uma amiga é fácil. Ligar pro homem da sua vida (o primeiro, o quinto ou o décimo sétimo) depende da força e encorajamento que só aquela amiga pode dar. Mesmo que ela saiba que é uma grande roubada, ela sabe antes que você precisava se livrar dessa vontade. E quando ele for mais um traste, um cachorro que não vale nada, e partir o seu coração, é a mesma força da amiga que vai te ajudar a esquecer e se arrumar, olhar pra vida, pro mundo, pro próximo homem.

Você pode se encher de estratégias e planos, mas a ação, o mover o seu mundo, depende do apoio.
Os apoios nem sempre movem o mundo pras melhores decisões. E, de vez em quando, a gente vê que uma mexidinha pra cá ou pra lá seria extremamente oportuna, mas não tem nenhum apoio por perto, e a sua força não é suficiente. Aí você deixa pra lá.

O que a gente precisa é do apoio. A força está em cada um. É como uma descida de rappel: você se segura na corda, com todo o equipamento, mas se tem alguém lá embaixo "só pro caso de dar errado", a descida é mais leve, mais divertida. Mais segura.

Nem todo apoio precisa de palavras, coragem ou mesmo ser humano. Há momentos em que o seu cachorro, seu gato, seu bichinho parece entender profundamente a sua confusão mental, suas necessidades, seu despreparo. E olha pra você como quem diz "calma, amigo, estou aqui com você". E isso não vai resolver nenhum dos seus problemas, mas é um apoio, um conforto.

E é disso que ando precisando nesses últimos tempos. De apoio.
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Arquivos postados em abril de 2006

 
30 de Abril de 2006

Acho que a ficha caiu hoje. Estou embora e não vou voltar tão cedo. Eu vou ficar sem as pessoas que mais amo. Estou morrendo de medo.

Claro que não vou desistir - eu nem poderia desistir agora. Mas está doendo muito deixar tudo pra trás. Cada pedacinho da minha vida, cada amigo, cada lugar...

Eu tinha me prometido que não ia chorar. Eu tinha me prometido a me convencer que os benefícios valem a pena. E valem mesmo. Mas é que eu não sei mais andar sozinha. É que eu não sei mais saber sozinha. E eu não sei imitar o Pato Donald. E vai ser foda. E já está sendo foda demais.
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18 de Abril de 2006

Gosto de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, de estrela, de vento, de música e das minhas coisas. Tenho muitas coisas que gosto. Coisas que me divertem, coisas que me enobrecem, coisas que me ensinam, coisas que não fazem diferença. Mas de todas as coisas que tenho, a que mais prezo, a que mais me é essencial, a que mais amo são meus amigos.

Se pudesse fazer um único pedido à vida, com certeza, seria que meus amigos- todos eles- pudessem estar sempre comigo, todos os dias, em todos os momentos, até o meu último suspiro. Queria meus amigos morando na minha casa, queria meus amigos vivendo na minha vida.

Não existe "muito" ou "impossível" para os meus amigos. Faço o que for preciso, dou minha vida se necessário, sem pensar duas vezes, sem me arrepender ou esperar recompensa. Amizade, pra mim, é sinônimo de dedicação integral. É admiração das qualidades e compreenção dos defeitos.

Tenho amigo de tudo quanto é jeito, de tudo quanto é canto. Amigo branco, amigo preto, amigo rosa e amarelo. Amigo baixo, amigo alto, amigo gordo, amigo magro, amigo barbudo, amigo engraçado, amigo sem graça, amigo cabeludo e amigo careca. Amigo da roda de música, da escola, da família, amigo de lugar nenhum, amigo de todo lugar. Amigo estranho, amigo comum, amigo inteligente, amigo culto, amigo besta. Tenho amigo que nem sabe que é meu amigo. E tenho amigos que não têm idéia de quanto são meus amigos, que não percebem o amor que sinto por eles, que não calculam a necessidade que tenho de tê-los comigo. E mesmo que conseguissem perceber tudo isso, eles não acreditariam.

A amizade é a coisa mais importante do mundo. É o amor verdadeiro - já que o amor não se reconhece por aquilo que exige e sim por aquilo que oferece. Se quer ter amigos, seja um.

Preciso de amigos para parar de chorar e começar a sorrir. Preciso de um amigo para que eu saiba como vale a pena viver. Preciso de alguém que me chame "minha amiga". Preciso de alguém para dividir meus momentos belos, minhas tristezas passageiras, meus medos, meus desejos, minhas risadas, meus dias. Preciso de alguém que me compreenda inteiramente, mesmo sem concordar comigo. Preciso de amigos que saibam falar e ouvir - principalmente ouvir.

Meus amigos são o melhor presente que Deus me deu. Porque mesmo que não digam, pensem ou façam as coisas da mesma forma que eu, são eles que me ajudam a entender as coisas quando está muito difícil de entender sozinha. Eles são a parte mais indispensável do meu mundo - do mundo que eu desenhei e construí com as cores e as formas deles.

Me perguntaram se tenho medo da morte. Não tenho. O único medo real que tenho é de perder meus amigos. Eu sofreria mais do que com qualquer perda.

Meus amigos são os alicerces da minha existência. Não são perfeitos, mas são toda a beleza que conheço.
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Amigo:
do Lat. amicu
s. m.,
o que quer bem;
adj.,
favorável;
partidário;
aliado;
afeiçoado;
que tem amizade.
Amizade :
do Lat. *amicitate

afeição;
amor;
boas relações;
laço cordial entre duas ou mais entidades;
dedicação;
benevolência.
É muito bom ter amigos com quem se sabe poder contar. É ótimo ouvir aquelas palavrinhas lindas, cheias de ternura e carinho. Mas bom mesmo é ter amigos de verdade. Daqueles que nem precisam falar em como a amizade deles é diferente e eterna. Eles sabem disso sem falar uma única palavra.
Amizade mesmo é sinceridade em todos os momentos, nos de amor e nos de raiva. Aí que a amizade se mostra verdadeira. Na hora de dizer "Ei, o que você tem?" "Porque você fez isso?", etc. Amizade não se constroe em cima de dias, semanas, meses, anos, décadas ou milênios. Amizade não é calendário. Amizade se constroe em cima de amor, respeito e, acima de tudo, verdade.
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16 de Abril de 2006


MEU ANIVERSÁRIO!!!

Meia Noite. O dia começa oficialmente - meu aniversário também. Bebe-se. Muito. Pegamos o carro. Vamos dar uma voltinha? "Quer matar a gente, Tê?"- Pergunta o melhor amigo do banco de trás. "Quero não, quero é comemorar o meu aniversário! Hei, você aí, do outro lado da rua, no outro carro, no boteco, no ponto de ônibus, é meu aniversário!". Sim o dia 16 chegou. E eu não sei mais pra quem contar que é meu aniversário. Vamos então buzinar na casa da estrela. "Eu estou na contra-mão, garoto! Isso mesmo, na contra-mão!" Buzina - bip bip..... Ah... Acho que eu não existo mesmo..... Voltamos desejando parabens para mim mesma.

"Amigo, você não vai me desejar parabéns? Entao vamos ao Mc Donalds."
"Queria carne. Carne de boi, fui clara? Ah... Um nuggets por favor." Ah, um canudo de presente por favor?"Fanta tem gosto de detergente. Então vamos mandar os taxistas tomarem n*****. Ali é permitido parar, é rotativo, oras. "Onde está o talão de faixa azul então?" Deixa para lá. Vamos levar o Breno?

Subimos a contorno... Uma moça da vida canta parabens para mim. Yes, de graça. Aposto que é para poucos. Vamos dar mais uma voltinha no carro com a Tetê? Tchau Breninho! Leonardo só ri. Acho que ele está com medo, também, prudência absoluta no volante.

Vou pra casa. Dormir.

É meu aniversário, não vai me dar os parabéns?
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15 de Abril de 2006

Pode me dar um abraço de parabéns.
Pode me dar presente.
Pode cantar parabés a você (quando esse você sou eu).
Pode me preparar uma festa surpres.
Pode me escrever um cartão.
Pode, simplesmente, lembrar de mim.

PORQUE AMANHÃ É O MEU ANIVERSÁRIO.

E nada vai estragar meu dia!!!!!!!!!!!!!!!!
Porque esse dia é só meu.
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09 de Abril de 2006

São tantas cores e pessoas
De uma vez
A música - que eu não sei a letra - é bem feita
Me entra nos ouvidos me fazendo senti-la.
Foi bom...
Não fosse os hermanos,
não teria sido tanto...
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04 de Abril de 2006

Você que tem sonhos e fantasias
Que aos olhos dos outros parecem loucura

Que espera ser ouvido com atenção e respeito
Quando manifesta suas crenças e opiniões

Que deseja ser amado pelo que é

Que não gosta de certas coisas
Sem nenhuma explicação pra não gostar

Que também esquece nomes, fisionomias e datas importantes

Que não sabe um monte de coisas
E não se dá conta de tantas outras

Que às vezes é egoísta.

Que às vezes sente medo, inveja, ciúme

Que de vez em quando entra "num daqueles dias"
E se aborrece com fatos aparentemente banais

Que erra um monte de vezes
E se arrepende de tantas dessas.

Que em certos momentos deseja ficar só com você mesmo.

Enfim, você que é gente - com tudo que isso significa
Eu também sou.
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03 de Abril de 2006


Felicidade
Felicidade é achar que nada é tão grave assim que possa tirar do sério.
Felicidade é não ligar pras lágrimas que caem, às vezes.
Felicidade é saber que eu ainda não sei de nada e nem ligar.
Felicidade é não pensar no que vai ter amanhã.
Felicidade é fazer planos pro agora.
Felicidade é tocar violão e cantar desafinado sem ligar pro que os outros pensam.
Felicidade é encontrar alguém que te entende antes mesmo de você abrir a boca.
Felicidade é assistir um milhão de vezes o DVD da Ana Carolina e Seu Jorge.
Felicidade é rir dos problemas.
Felicidade é poder abraçar quem a gente ama.
Felicidade é abrir a janela de manhã e ver um beija-flor.
Felicidade é tanto...
Felicidade é isso que eu estou sentindo agora.
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Arquivos postados em maio de 2006 
31de Maio 2006

A beleza das coisas consiste em sua simplicidade. Mas a intensidade, na maioria das vezes, consiste na complexidade das coisas. Relacionamentos são tão interessantes porque a complexidade dos seres humanos vai muito além da beleza de comédias românticas. Os momentos inesquecíveis são aqueles em que conseguimos superar essa complexidade e não entendê-la. Tentar entender as razões do coração é frustração certa. Querer que todos sejamos iguais, sintamos igual, pensemos igual, é utopia. Cada um tem sua própria maneira de demonstrar seu afeto, seus sentimentos, seus desejos. E isso não significa amar menos. E se, mesmo depois de tudo, ainda restar confusão, insegurança, incertezas, o melhor é ser sincero consigo mesmo, pra resolver a confusão.

-Aliás esse texto foi uma confusão....
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29 de Maio de 2006

Eu não tenho uma filosofia bonita de vida. Eu acredito que a gente tem mais é que correr atrás do que a gente acha certo, machucar, rir até a barriga doer, rolar na lama, escorregar na chuva, brincar com travesseiros e cair. Ah...cair muito pra poder se levantar muitas vezes. E, em cada vez que a gente levantar, aprender alguma coisa nova, nem que seja a não colocar mais objetos metálicos na tomada. Porque a vida é pra quem viveu. E passar a vida inteira segurando no corrimão da escada não leva ninguém a lugar nenhum porque quem tranca todas as portas e as janelas nunca irá ver as flores lindas que estão nascendo no jardim.
Tem gente que deixa de viver as melhores coisas da vida porque tem medo de tudo. Medo de ter um bicho naquela árvore que você queria abraçar, ou do pára-quedas, que você tanto queria pular, não abrir na hora “H”. Tem gente que deixa de dançar porque tem vergonha do que os outros vão pensar e tem gente que sempre está velho demais pra tudo. Talvez o bicho esteja mesmo lá, o pára-quedas estrague. Talvez você dance pior do que imagina e, quem sabe, você já passou da idade. Mas, sem sombra de dúvidas, você não vai ter oportunidades para o resto da sua vida. É melhor fazer suas escolhas enquanto elas ainda estão na prateleira de coisas disponíveis para serem feitas durante a sua vida.
Eu sou a favor de dizer “Eu te amo” todas as vezes que tenho vontade e de ligar pra quem quer que seja só pra falar “Hei, lembrei de você”. Sou a favor de não ter vergonha de quem se é nem do que se faz. Sou a favor de ter as pessoas que amo sempre por perto e de gastar dinheiro com coisas que não são tão úteis assim. Quero me apaixonar todos os dias da minha vida, nem que seja sempre pela mesma pessoa. Quero poder rir pras coisas bobas e sorrir pras pessoas que nem conheço. Quero abraçar meus amigos num só abraço apertado. Quero ouvir música até ficar surda – sim eu preciso ouvir com o volume no máximo – e tocar violão até meus dedos ficarem doloridos.
Tenho certeza que muita gente não gosta de mim. Mas de fato, o que os outros pensam de mim não é, nem nunca foi da minha conta. Sem contar que ultimamente as pessoas andam tão preocupadas em saber o que as outras pessoas estão pensando delas mesmas que não sobra tempo pra ninguém pensar nada ao meu respeito...
Enfim. É vivendo que se aprende. É caindo que se aprende a viver melhor.

"Sempre precisei de um pouco de atenção. Acho que não sei quem sou. Só sei do que não gosto" Renato Russo
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21 de Maio de 2006

Nunca acreditei em anjos. Acho que nunca entendi bem que anjos eram mais que protetores. Anjos são a extensão de Deus. Os anjos têm toda aquela atmosfera de amor e de conforto. Estar perto deles é tão bom que mesmo quando está tudo ruim, a gente se sente tranquilo. Os anjos nos protegem, sim, mas são muito mais que isso.

Parece que só percebemos a presença deles na nossa vida nas situações adversas, quando qualquer outra pessoa viraria as costas pra você (se é que anjos podem ser classificados como pessoas).

Os anjos têm uma estranha mania de fazer as coisas sempre certas e de ser tão compreensivos que chega a constranger. É maravilhosamente encantador sentir a presença deles.

Uma vez li em algum lugar que chamamos os anjos da terra de amigos. E não existe verdade maior.

Obrigada por tudo. Eu amo vocês mais que palavras, mais que demonstrações. Vocês duas são muito importantes pra mim.
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16 de Maio de 2006

Não agüento mais essa história de que sou rebelde e não aceito as coisas como devem ser. Sempre me falam aquela frase que, de tão velha, não sei como até hoje ainda é repetida: "O mundo é assim; não adianta querer mudar". Parece humildade, mas, na verdade, não existe nada mais covarde do que essa frase. As coisas serem de uma certa maneira agora, não significa que elas tenham de continuar a ser assim por todo o sempre.

Grande parte das coisas que me incomodam foram feitas por gente, pessoas como eu. Portanto, podem ser revertidas por pessoas como eu. Privar-me das coisas que eu quero, posso e gosto de fazer na vida por questão de medo de mudar as coisas é uma grande auto-sacanagem. E eu odeio quando alguém vem me criticar com aquele tom amargo por eu ter tido coragem de tentar mudar o que eu acho que está errado. A ironia é que a mudança é inevitável. Todos têm de aprender a lidar com ela. Não podemos simplesmente optar por uma vida calma, sem nenhuma turbulência. Algum dia em algum lugar, algo nos fará passar por um teste para o qual não estaremos preparados e que gostaríamos não ter de enfrentar. Ninguém passa a vida inteira sem encontrar dificuldades. A incerteza é um fato da vida. Tudo muda. Mudam os ventos, muda o tempo, muda a prosa, muda a lua, muda a arte e, acima de tudo, muda a vida.

Embora existam situações e momentos em que eu realmente atinjo o limite das minhas possibilidades, na maioria das vezes eu sei que sou capaz de fazer muito mais do que eu estou fazendo. O duro é que todo mundo luta contra as mudanças, especialmente se elas nos afetam pessoalmente. Isso porque mudar pode significar o abandono de um padrão familiar e limitador, de uma situação segura mas não gratificante, de valores em que não se crê mais, de relacionamentos que perderam seu significado. Às vezes até pra me proteger dos comentários que já sei que vou ouvir.

E aí começa a pior das censuras. A auto-censura. É aquela síndrome "o-que-todo-mundo-está-pensando-de-mim". De fato, o que os outros pensam de mim não é, nem nunca foi da minha conta. Fora isso, pensar no que os outros pensam ou deixam de pensar ao meu respeito é ser prepotente o suficiente pra acreditar que eu sou alguém tão importante que os outros reservam parte dos pensamentos e do tempo para analisar minhas atitudes e criticá-las. Sem contar que ultimamente as pessoas andam tão preocupadas em saber o que as outras pessoas estão pensando delas mesmas que não sobra tempo pra ninguém pensar nada ao meu respeito... Claro que esse medo das pessoas é um problema de auto-estima, mas com certeza é o maior freio pras pessoas fazerem aquilo que realmente tem vontade, por mais que ninguém goste de admitir isso. Eu continuo acreditando que pra ficar livre desse pessoal que adora dar notícia da minha vida o melhor a fazer é não me esquecer que eu vou continuar a ser Estefânia Mesquita, desse jeitinho que eu sou, queiram ou não, aprovem ou não, gostem ou não. Não faz a menor diferença.

A minha mãe, particularmente, é a maior pregadora da filosofia do "Pega mal". Essa filosofia é baseada na teoria de que se não der pra agradar e ser aplaudido de pé por pelo menos 2/3 da população, é melhor ficar na sua. Alguma coisa "pegar mal" implica que ela está completamente fora dos padrões, completamente fora do que a sociedade espera e por isso prepare-se: você será rejeitado. No fim das contas quer dizer o seguinte: pega mal fazer as coisas que ninguém nunca faz. Eu, ao contrário, acho que pega muito bem lutar pelo eu acho certo e tentar ser mais feliz. O que eu acredito é que, quando estamos certos de alguma coisa, quando realmente acreditamos, não necessitamos da aprovação de ninguém.

Quem leva uma vida segura e dentro dos padrões nunca saberá que pessoa extraordinária realmente é porque pra sempre será medíocre. Não consigo imaginar coisa pior do que viver estacionada, sem mudança ou progresso. Quando começo a sentir aquela sensação aguda de vazio típica das rotinas que insistem em me procurar, sou obrigada a mudar o rumo das coisas.

E é por tantas coisas assim que estou exausta dessa história de que eu não tenho limites e tudo mais. Acho que nunca tive, mesmo, muita afinidade com a estabilidade, com as regras bem definidas, com a rotina bem estruturada, o tempo retilíneo uniforme, sem nenhuma surpresa ou variação. Mas a verdade é que eu quero é tentar fazer as coisas da forma que eu acho mais certo. Eu quero é tentar fazer as coisas melhores e ser mais feliz. E ser feliz é um direito do qual não me privo.

Mudo pra tornar minha vida mais interessante. Nunca gostei de monotonia e coisas previsíveis. Se não mudo, não cresço. E se não cresço, não há sentido em viver. Nunca é tarde demais para mudar o rumo das coisas. Nunca é tarde demais pra mudar o rumo da vida.
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15 de  Maio de 2006

Foi estranho. Mas foi mt legal. Tenho certeza que foi por causa do meu sotaque paulista irrestível.
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14 de Maio de 2006

Mãe é aquela pessoa que sempre está e sempre esteve.
Mesmo antes de você nascer você já tinha uma mãe, que te nutria, que te levava pra todos os lugares, que te protegia. Depois que você nasceu, não mudou nada.

Mãe é o ínicio de tudo. Mãe é a responsável por quem somos e quem vamos ser. É ela quem nos ensina nossos valores, nossas convicções. É ela quem nos acalma quando temos um pesadelo à noite, ou quando temos qualquer problema.
Amor de mãe não tem igual. Maior amor do mundo.

Mãe é céu. A palavra é pequena, mas está acima de todas as outras coisas.

Feliz dia das mães. (Principalmente pras minhas.)
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09 de Maio de 2006

Quem me dera entender esse tal de amor
Achar uma resposta, saber do que se trata.
Entender todas as razões que me faz amar
mesmo quando não tenho razão nenhuma.
Entender porque a vida chora quando não tenho quem quero.
E entender como posso amar assim.
Porque amo muito além do amor.


"Nem a luz da lua na tarde,
nem a onda do mar quando ela vem,
nem a flor do céu quando se abre
têm a graça de você."
Vinícius de Moraes
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08 de Maio de 2006

Quero pedir todas as desculpas possíveis e imagináveis. Acho que vai ser pouco, mas é o que posso fazer. Não sei exatamente o que dizer, nem como, as palavras me fogem e minha cabeça está confusa.

Já pedi desculpas, mas peço de novo, quantas vezes forem necessárias. Não foi a minha intenção, nunca, te chatear.
Se você não quiser mais olhar na minha cara, nunca mais, eu vou entender. Se você quiser me xingar ou o que seja, eu vou entender. Mas essa indiferença é que me machuca. Só queria que você conversasse normalmente comigo, sem monossílabas ou ironias que não cabem mais.

Sabia?
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05 de Maio de 2006

Qualquer semelhança deste texto com a realidade não é mera coincidência

Percebo que o ser humano deixa de viver momentos de felicidade plena por puro medo de ser feliz. Deixamos de amar alguém, de quebrar barreiras, de transpor distâncias de vencer obstáculos.

Perdemo-nos em nossos sonhos, nossas razões, nossos pés no chão, nossas virtudes, nossos méritos... Perdemo-nos em nós mesmo. E nos esquecemos do quão rápido a vida passa, de quantas oportunidades são perdidas. Fazemos de tudo pra não desapontar aqueles que estão ao nosso redor, mas estamos sempre esquecendo de não desapontarmos a nós mesmos.

Deixar a nossa vontade de lado, tentar resolver os problemas dos outros e adiar a resolução dos nossos. Fugir dos nossos problemas. A fuga é mais fácil. Ela nos traz a sensação de termos resolvido o problema, pseudo-satisfação... Tudo isso acaba. Cessa. É interrompido. Perde-se...

E, nessa hora, vemos que, junto com isso tudo, perdemos também os raros momentos de felicidade que desfrutamos tão difíceis de ser conquistados e vividos. Perde-se a alegria, ainda que temporária, que poderíamos ter vivido. .

Barganhamos sorrisos. Somos mercadores de uma alegria que nunca será plena, pois sempre a colocamos em segundo plano... O que nos causa medo não é a felicidade mas sim, coisas que nos fazem ser felizes. Temos medo dos julgamentos, dos preconceitos, da reação das pessoas e isso acaba nos fazendo suprimir nossas vontades e desejos.

Temos que aceitar que nem sempre contaremos com o apoio e a compreensão das pessoas e aprender que ser feliz é uma questão de escolha. Que está nas mãos de cada um descobrir um caminho que leve até a felicidade.

E ninguém pode fazer isso por você.
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03 de Maio de 2006


Prece para o Garotinho
O ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, entrou em greve de fome dia desses. Enviou à imprensa uma tal de "Carta à Nação Brasileira", onde ele pedia:

“Conto com Deus, com as orações de todos e com a força do povo brasileiro para enfrentar esse momento” - Orações pra você? Muito bem, canditato, aqui vai minha prece:

Querido Papai do Céu,
Hoje peço que o Senhor dê coragem para que todos os seus filhos que tiveram problemas com a Justiça sigam o exemplo do Garotinho de fazer greve de fome. Convoque com sua força divina, Senhor, o Delúbio, Zé Dirceu, Genoíno, Valério, Silvinho Pereira e todos aqueles outros que o Senhor, que vê tudo, sabe quem são. Que eles possam com a experiência de passar fome, sentir o que milhões de brasileiros sentem todos os dias. E que tenham a oportunidade de perceber o quanto a população sofre por não ter acesso às necessidades básicas por causa de atos de roubalheira e desvio de verba que tantos políticos praticam no nosso país. Faz, Senhor, que, com essa greve de acesso a qualquer alimento, eles tenham a chance de falar com Deus e repensar suas atitudes. O quanto antes, melhor.
Que assim seja.

PS: O pessoal do Garotinho, na pressa de atualizar o site dele disse que ele "Mentem greve de fome" ao invés de "Mantém greve de fome". Foi por pouco tempo, mas deu tempo de muita gente ler.

Freud deve ter se virado de rir na tumba.
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01 de Maio de 2006


Outro dia vi a “Marie Claire” de novembro. Depois do obrigatório “Beleza – os segredos da nova Escova Progressiva”, estava lá pelo meio da publicação: “30 coisas para fazer antes dos 30”, acompanhada de uma advertência terrível, comparável a uma maldição de proporções bíblicas – “Se você está chegando lá, aproveite as idéias ou carregue para sempre um histórico morno de vida”. Fico imaginando a leitora suando frio, desesperada, em um misto de expectativa, medo e culpa – “o que será, o que será que devo fazer pra não acusada de ter um 'histórico morno de vida?'”, e, ao mesmo tempo em que reza pra já ter cumprido ao menos metade da lista, apressa-se em seguir as instruções. Listo algumas delas:
1. Transar com um cara com menos de 20 anos.
2. Dizer que vai a uma reunião e ir transar com o novo namorado.
4. Beijar um passante.
9. Passear sem calcinha.
10. Beijar uma mulher para ver como é.
11. Transar com um dos seus melhores amigos.
15. Transar com alguém e esquecer o nome dele.
22.Ter o melhor sexo da sua vida com um otário.

Antes de prosseguir, apresento uma outra lista, bem menor, com coisas que, do meu ponto de vista, fazem com que não se tenha uma vida nada morna:

1. Escrever páginas mediúnicas e propagar ao mundo inteiro mensagens de caridade e amor fraterno. -Chico Xavier
2. Obter um diploma de medicina e começar as pesquisas que te habilitarão a descobrir a vacina contra, digamos, a paralisia infantil. – Albert Sabin
3. Largar tudo e decidir ser missionária, ajudando os outros sem cobrar nada em troca – Madre Teresa de Calcutá
4. Descobrir o “Efeito Fotoelétrico” e ganhar, alguns anos depois, o prêmio Nobel. - Albert Einstein
5. Ter seu talento reconhecido e ser convidado a participar do Kirov Ballet e, mais tarde, ser indicado ao “Oscar”. -Mikhail Baryshnikov
6. Ser um compositor de altíssima qualidade. -Wolgang Amadeus Morzart
7.Lutar por um mundo mais justo e ser um dos principais responsáveis pelo fim da segregação racial em seu país. -Martin Luther King
8.Defender uma nova educação que tem por finalidade a criação da Cultura da Paz e se tornar um dos maiores guias espirituais. - Mahatma Gandhi

E outros tantos ensinamentos que fariam dessa lista enorme, mas acho que esses "conselhos" já servem para ilustrar o que eu gostaria de mostrar. Traduzindo: a revista “Marie Claire” diz que se você transar adoidado, terá tido um vidão, eu, por outro lado, apenas estranho quem pensa que o mais significativo da vida é "trepar" e não dar o menor valor a mais nada.

E que não se culpe a mídia, ela apenas vende o que o populacho está louquinho pra comprar. 
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Arquivos postados em junho de 2006


28 de Junho de 2006

Assim funciona a bela e doce vida: você corre, se esforça, se mata. Faz o possível, o impossível e o inimaginável também (é claro). Você gasta seu tempo pensando em tudo, movendo céus e terras pra tudo dar certo. De repente, vem uma avalanche de realidade em cima de todos seus planos e/ou sonhos (seja a lá qual for a diferença que exista entre essas duas coisas).

É tão engraçado, todo mundo fala que bonzinho só se fode, que o mundo é dos espertos e todos aqueles clichêzinhos que persuadem todo mundo a ser vil. É alguma coisa do tipo "Seja um filho da puta, se não alguém vai ser com você". Antes eu me ria disso tudo e de como alguém poderia ser tão imbecil ao ponto de acreditar (realmente) que é possível se dar bem machucando alguém e sair com aquele ar vitorioso. Acho isso o cúmulo. Todo mundo se gabando por pisar nos outros, se orgulhando de ser sacana. E sempre tem um engraçadinho que vem cheio de piadinhas pra cima de mim - que sempre fiz e faço questão de não machucar ninguém de propósito. Não ligo.

Eu sei que eu vou quebrar minha cara mais um milhão de vezes e eternamente. Mas eu não me importo de continuar tentando agir de uma forma leal com as pessoas. Seja lá por qual motivo for (e motivos não importam agora), eu ainda sou do tipo que prefere acreditar que as pessoas não fazem por mal. Acredito que isso deva ser algum tipo de escudo, de casco. Deve ser proteção pra insegurança, pro medo.

Todo mundo é forte demais pra ter fraquezas - demonstrá-las, então, nem pensar. Todo mundo é auto-suficiente, ninguém precisa mais de relações interpessoais porque já está todo mundo pleno. Para quer se arriscar a conviver com seres humanos se já temos a nossa solidão? Para que gastar nosso escasso tempo tentando ser agradáveis se podemos nos fechar dentro de uma bolha onde só nós podemos entrar? Acho que é isso que todo anda pensando.

Eu ainda acredito que, passe o tempo que passar, continuamos sendo fragéis e dignos de uma maior atenção e carinho. Ainda acredito que só somos completos quando somos juntos. Ainda acredito que nada substitui o convívio real e que somos só pessoas imperfeitas - e maravilhosas por sermos assim. Ainda acredito que todo mundo tem muito pra ensinar e mais ainda pra aprender. Acredito que nada conforta e aquece mais que um abraço e que, se todo mundo parasse de tentar se defender e tentasse abraçar o mundo, talvez as coisas fossem bem diferentes. Ainda acredito que cada um é responsável por seus atos e pela sua felicidade individual. Mas acredito mais ainda que cada um é responsável por um pedacinho de felicidade das outras pessoas.

Às vezes não entendo pessoas - pessoas assim, genericamente falando. Às vezes (quase sempre) tenho a convicção que é melhor não entender mesmo.
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27 de Junho de 2006


Hoje, escrevo aos seres imperfeitos - todos eles. Escrevo dos sonhos mais eternos, dos amores e, também, dos dissabores. Dentro de cada um de nós, há uma paisagem interior com planícies invioláveis, vales de silêncio e paraísos secretos. As manias, os desejos, os medos, os segredos.

A raça humana tem segredos, sempre teve e sempre terá. Não, não estou falando de coisas pequenas que uma pessoa segreda a outra, estou falando daqueles segredos mais secretos e sagrados à própria raça. Aqueles segredos derivados da própria condição humana, que resulta da nossa limitação, que é fruto da mediocridade que nos cerca ("e cerca muito bem").

Tais segredos são tão secretos por serem absurdamente presentes em nós o tempo todo. Segredos são segredos, então, pelo sentido real e amplo da palavra: algo geralmente imaculado às opiniões e conhecimentos alheios; algo trancafiados à mente em uso ou desuso pleno... algo que não se pode ter conhecimento devido, notório ao "escancaramento" público.

Segredo não se pode ser claro ou direto mas sim contido e temido, por ter ou não um teor de malícia ou maldade; beleza ou mistério; verdade ou não absoluta. "Segredar" é guardar o verdadeiro caráter ou ego da pessoa, é manter-se fora das manipulações diárias e absolutas.

Essa questão tem algo de conhece-te a ti mesmo. Mas por que nos conhecermos? Por que nos questionarmos sobre nossa condição inexorável (adoro essa palavra) de seres humanos pequenos, ridículos e limitados? O questionamento pelo questionamento, o puro prazer de questionar já seria um motivo suficientemente bom, afinal questionamentos trazem inquietações e algumas respostas pessoais absolutas e eternas enquanto durarem tanto quanto a efêmera vida de uma borboleta. Mas acho que a idéia principal, norteadora dessa garota que se arrisca, agora, a escrever sobre coisas tão complexas, não é buscar verdades (mesmo porque não sei se elas existem de fato) mas apenas incitar a busca. Não digo (nem acho) que é possível eliminar nossas limitações por completo, mas ser consicente delas e enfrentá-las de peito aberto já é um grande passo para sermos pessoas melhores.

Existem coisas que, nem mesmo Sir Sigmund Freud, poderia compreender- que dirá explicar. Eu, sou uma delas.
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26 de Junho de 2006


Na sociedade damos grande ênfase à autenticidade. Falamos de colocar máscaras sobre nosso verdadeiro "eu" e de representar papéis que disfarçam nossa pessoa real.

Supostamente, esse eu é uma ralidade estática e estruturada e há momentos em que me sinto compelida a camuflá-lo.

Mas se você me conheceu ontem, por favor, não pense que sou a mesma pessoa hoje. Experimentei mais da vida, encontrei novos sentimentos naqueles a quem amo, sofri, sorri, e estou diferente. Por favor, não me atribua um "valor médio" fixo e irrevogável, porque estou sempre mudando.

A maioria de nós sente que os outros não vão tolerar uma honestidade emocional na comunicação. Preferimos defender nossa desonestidade alegando que isso poderia ferir as pessoas, e, tendo racionalizado nossa valsidade através da nobreza, iniciamos relacionamentos superficiais.

Não sei como falar dos meus medos, que me aprisionam e das dúvidas que me enfraquecem, imepedindo-me de caminhar em direção à maturidade, à felicidade. Tenho medo de saber quem sou, pois posso não gostar, e isso é tudo que tenho.

Ninguém deseja ser uma fraude ou viver uma mentira. Mas os medos que experimentamos e os riscos envolvidos numa auto-comunicação honesta parecem-me tão intensos, que torna-se quase uma ação reflexa e natural buscar refúgio em meus papéis, máscaras e jogos.

As programações individuais e sociais tendem a se cristalizar em padrões de ação e reação. No geral, posso predizer esses pradrões em nós com um alto grau de precisão. Dependendo de nossas necessidades emocionais do momento, acabamos assumindo os mesmos papéis, os mesmos jogos. Os "jogos" nesse contexto não se referem exatamente a brincadeiras. São reações padronizadas a situações de vida, programada para nós em algum ponto de nossa história psicológica, pessoal. Quando nos tornamos cientes desses jogos, podemos abandoná-los, creio eu.
Esses jogos são sempre pequenas manobras que usamos para evitar a comunicação sincera. São pequenos escudos que carregamos à nossa frente quando entramos na batalha da vida; eles nos protegem da dor e nos ajudam a ganhar alguns pequenos troféus para nossos egos. O preço dos treféus é alto: é pequena a chance que a pessoa tem de experienciar encontros interpessoais verdadeiros. É pouco provável que exista alguém que nunca joga.

Ainda acredito que a melhor coisa que posso oferecer é a verdade. Não são os ambientes que devem transformar as pessoas, mas sim elas que devem transformar os ambientes.

Quero um amigo que não seja mais alguém que está "lá em algum lugar", ou que sirva aos meus propósitos, ou que pertença ao meu ciclo. Quero experienciar aquela comunhão ou juntidade misteriosa, porém verdadeira. Alguém que eu possa abrir a mim mesma e meu mundo e que permita o mesmo. Alguém que eu possa dizer quem eu sou. Para a amizade madura, deve haver uma comunicação mútua, absoluta e honesta. Não há outra alternativa; todas as razões que apresentamos para racionalizar nossos disfarces e desonestidades devem ser considerados como engano. Às vezes terei de ouvir coisas difíceis de serem compartilhadas, mas na verdade, não há escolha: se quero verdade plena, devo estar pronta para aceitar as coisas como são. Porque do contrario, até mesmo os bons pensamentos vão se transformando em fel. E aí, quando, finalmente, tudo explode numa grande avalanche emocional, ninguém entende. Acham que a reação foi desnecessária. A sinceridade emocional implica que não deve haver um julgamente da sua pessoa; na verdade implica também que nao devo julgar a mim mesma.

Custa tanto ser uma pessoa plena, que são pouquíssimos aqueles que têm a coragem ou a luz de pagar o preço de abandonar por completo a busca da segurança e correr o risco de viver. É preciso abraçar o mundo e aceitar a dor. É preciso cortejar a dúvida e a escuridão como preço do conhecimento. É preciso ter uma vontade obstinada no conflito, mas também uma capacidade de aceitação total de cada consequência de viver.

Para compreender as pessoas, devo tentar escutar o que elas não estão dizendo. Talvez, o que elas nucna venham a dizer.

Quaisquer que sejam meus segredos, lembre-se, quando eu os confio a você, eles ainda são parte de mim.
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A vida nos leva a lugares onde nunca imaginamos estar. Percorremos curiosos caminhos, somos vítimas indefesas do acaso. De repente, nos encontramos ali. Simplesmente, ali. Tudo parece ter conspirado para que você não estivesse em nenhum outro lugar que não ali. E, naquela situação inusitada que você nunca se imaginou estar, você lembra de que, alguma vez, já tinha imaginado aquele momento. O destino nos prega peças. Meros fantoches nas mãos de Deus, da sorte (ou do azar), da teoria do caos ou de quem lá quer que controle cada passo que damos.

Uma vez ouvi dizer que Deus não comete erros. Estamos onde deveríamos estar. Exatamente. Somos perfeitos em essência e isso é de díficil compreensão. Cada pedra, cada passo. Tudo em perfeita harmonia. Cada um tem dentro de si a certeza de que a vida não é um jogo de dados, uma incrível coincidência de tempos e lugares. A vida é muito mais que isso. A vida é uma perfeição. E isso deve ser suficiente para acreditarmos que estamos fazendo a coisa certa.
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25 de Junho de 2006

Andei ouvindo algumas faixas do novo CD do Chico Buarque (Carioca - Biscoito Fino). Me decepcionou. Muito, muito. E não foi pela qualidade técnica, mesmo porque a dobradinha Luiz Cláudio Ramos e Cristovão Barros é realmente irrepreensível. Juntos com Sir Chico Buarque de Holanda então, aproximam-se da musica tecnicamente perfeita em termos de arranjo, instrumentação, harmonia, tempo, etc. O que me decepcionou foi a falta de emoção. Ouço CBH de que nasci, tenho todos seus álbuns e, sinceramente, sempre me embalaram nas paixões e nas desilusões. De repente, ouço e não sinto nem um friozinho na barriga, nem uma palpitação mais forte no coração. Realmente existe uma grande diferença entre música boa e música gostosa, entre qualidade técnica e paixão. Acho que foi exatamente aí que o Chico pecou, não o vi apaixonado pelas coisas que o cercam. Esperar só obras-primas é sempre uma ingenuidade, mas eu esperava mais. Mas como, se até nós mesmos vivemos muito mais na razão que na emoção?

Globalizaram nossa sensibilidade. A desesperança nos torna, cada dia mais, amargos. O dia-a-dia e a correria que ele nos leva, toma todo nosso tempo de olhar o céu, as nuvens, as flores. Toma todo nosso tempo de se apaixonar.

Falta poesia, falta vertigem, faltam motivos, faltam amores, falta tesã. Cada dia mais fazemos as coisas no piloto automático, de forma incorporada e mecanizada. Falta aquele contato real, olho no olho, pele na pele.

Sinto vontade de ver as pessoas voltarem a serem humanas. Se apaixonar pela vida, se sensibilizar, se entregar aos sentimentos, se permitirem viverem. Sinto vontade de verbalizar com elegância meus posicionamentos em momentos cruciais. Sinto vontade de ter lucidez, de fazer as coisas com paixão.

Talvez só eu tenha mudado, só isso. Também esmaecemos, como diz Drummond, por um ou outro itinerário. Talvez seja só outro o tipo de encantamento: as coisas nos emocionam, mas nem sempre nos arrebatam. Os tempos são outros e as inspirações também.
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20 de Junho de 2006

Hoje fui à Universidade Federal de Minas Gerais. Fui à mostra das profissões onde podíamos escolher entre as mini-paletras no Instito de Ciências Biológicas, as grandes palestras no Auditório da Reitoria e as salas interativas no Instituto de Ciências Exatas ou no Pavilhão Central de Aulas. Enquanto todos procuravam por suas respectivas almejadas profissões ou tentavam se decidir, eu estava lá: passeando pela Federal, descansando um pouco dos arranhas-céus, sentindo todo aquele clima universidade no ar e acompanhando minhas amigas pelas salas interativas que as interessavam.

Até que me diverti por todas aquelas atividades. Sala de medicina e seus corpos borracha. Sala de psicologia e alguma conversa filosófica sobre picolés. Sala de direito e todas aquelas patricinhas que não conseguiram se decidir por nenhuma profissão e resolveram não contrariar a tendência (salvo raras excessões). Sala de fonoaudiologia e um aparelho para recuperação de fala - caro até, mas que me divertiu por algum tempo. Comunicação Social, Odontologia, Administração, Turismo, Geografia, Teatro, Ciências Econômicas... Interessante... Mas nada se compara à minha opção que demorou tanto a ser definitiva: Relações Internacionais. Estava simplesmente, passando o tempo por aqules corredores numa tarde de terça-feira que não seria menos que entediante caso ficasse em casa.

Mas o acaso me levou ao último prédio, Pavilhão Central de Aulas. E do corredor pude ouvir alguma coisa vindo em minha direção, diretamente da última sala. Sala 105. Era maravilhosamente agradável. E entorpecente. Fui levando-me pelo som que não poderia ser outra coisa, que não um saxofone. "Oh When The Saints Go Marching In" me foi arrastando até a porta daquela sala: "Música", escrito na porta. Entrei na sala e me sentei em uma cadeira. O rapaz, então, acabou a melodia e propôs: "Chega de erudito. Que tal um pouco de popular?". Acho que constatou pelos sorrisos afirmativos da maioria que um pouco de música popular seria bem-vindo. Foi logo trocando o bico do sax por outro que dava um som muito mais próximo ao saxofone comercial, aquele do Jazz americano, que estamos mais acostumados. Meus olhos fixos e ouvidos atentos. Ele começou a tocar e logo fui tomada por aquela sensação hedônica que nada que não a música me propicia. A música, que teve duração aproximada de 3 minutos, pareceu passar rápido. Dançou dentro de mim e depois voltou para a sala. Ele encerrou, recolheu a partitura enquanto conversava com algum desses meninos de roupa preta e camisa de banda que dava algum parecer sobre a apresentação. Na verdade, ele parecia não ter gostado tanto e estava simplesmente tentando ser agradável. Eu, que até então estava calada, não me contive: "Toca outra do Chico, Guilherme". Ele então olhou pra mim com um sorriso surpreso "Chico?" e eu prontamente respondi: "É Chico. Você tocou Beatriz, do Chico Buarque, agora a pouco, não foi?". Ele abriu o maior sorriso e falou "Ninguém nunca reconhece essa música pelo sax. O instrumental é muito diferente da melodia cantada. Seu ouvido é muito bom. Vai fazer música, né?". Experimentei, nesse momento, uma sensação estranha. Música. Meu sonho. Sempre quis. E ali, eu era convidada a repensar minha decisão definitiva e considerar, novamente, tentar me realizar profissionalmente.

Desviei meus olhos para a porta e reconheci duas amigas, paradas, sorrindo para mim. Me chamavam para dar uma volta. Achei melhor ir. Nisso comecei a pensar nos meus sonhos antigos, desde criança sonhava em estudar música. Em fazer da minha paixão o meu trabalho. Mas a gravidade fez meus sonhos infantis despencarem de uma vez só e, com os pés no chão, decidi-me por algo mais convencional e "estável". Conflito interno. Anjinho que sopra aos meus ouvidos: "Estefânia, você já tinha deixado essa música para hobbie. Não vá inventar de novo." do outro lado o diabinho que toca contra-baixo martela na minha cabeça uma escala pentatônica menor - das mais simples, mas não menos encantadora.

Tenho medo de não fazer o certo. Tenho medo de escolher uma vida monótona. Tenho medo de escolher uma vida muito difícil. Não é só pelo dinheiro. Não é só pelo status. Não sei até onde vão minhas criações em volta de uma carreira musical e até onde vai minha real disposição a estudar quatro anos arduamente. Só sei que me senti covarde por ter desistido. E hoje eu soube que se não tentar fazer o curso dos meus sonhos vou ser uma eterna frustrada.
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18 de Junho de 2006

"A vida é bem mais perigosa que a morte", assim disse, e cantou, meu (eternamente meu)Cazuza. Eu não sei se existe um amanhã.

Dizem, uns, que quando eu morrer vou para o inferno - que em tese é um lugar onde se sofre eternamente por se ter sido mau na vida terrena. Outros acreditam que, sim, eu possa ir para o céu - um lugar agradável onde poderemos descansar, enfim, em paz. Para mim, isso não importa muito. Tampouco importa se haverá, ou não, Apocalipse. A minha religião é a vida e o "lado de lá", sinceramente, me interessa quando eu já estiver lá.

As pessoas gastam muito tempo de suas vidas questionando aquilo que elas nunca vão entender. Passam toda a vida tentando encontrar um motivo para não se entregar. Gastam seu raro tempo se convencendo de verdades improváveis. Destruímos nossa identidade e tudo aquilo que sempre lutamos é levado pelo vento em segundos.

Seus sonhos, seus inimigos, seus símbolos, seus heróis, suas loucuras, seus ídolos, seu estilo...vitórias, derrotas, medos, buscas, pensamentos, a marca preferida, o programa da tv, os heróis da sua camisa... A busca incansável pela satisfação plena, impossível de ser alcançada. Sua moda já ficou antiquada, suas frases não causam mais efeito, seus sonhos não passam de influência de novela. Suas drogas já te levaram ao topo, e agora? A queda foi grande, não é?

O mundo precisa de pessoas que não aderem às modas estúpidas, que não bebem da mesma água que todo mundo. O mundo precisa de quem tenha opinião, sentimentos autênticos. Quem luta por alguma coisa ao invés de gastar seu raro tempo olhando a vida por um telescópio, meros espectadores da própria vida.É papel de cada construir seu próprio mundo. Ninguém precisa compreender seu mundo, ele é seu.

Porque, daqui a algum tempo, todos vamos morrer. E aí, será que dá tempo de resolver, finalmente, viver?
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17 de Junho de 2006

Poesia de varanda,
Olhando o céu e a noite escura.
Poesia de ciranda,
Sempre para o mesmo lugar: lugar nenhum.

Palavras tão bonitas que não dizem nada,
Frias, mortas.
Sem gosto picante ou cores ardentes.

Seiva de versos,
esse tal de sentimento.
É ele que da vida a poesia,
É ele que colore a nossa vida.
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15 de Junho de 2006

Porquê? Qual a razão? Não sei, talvez destino (aliás, merda de destino). Sempre pronto a nos atrapalhar nos melhores momentos. Você está lá, dando o melhor de si, aí entra em jogo (a merda do) destino e faz com que você se ferre. Mas quem sabe nem seja (essa merda do) destino. Às vezes sua vida seja tão idiota (tipo a minha) que, mecanicamente, você começa a fazer coisas idiotas, por hábito mesmo.

E alguém me pergunta: "Tá reclamando de quê, Tê?". Realmente, se alguém analisar meu retrospecto vital (gostaram dessa?) vai ver que sempre dei um boi pra não entrar numa briga e uma boiada pra sair. E não briga no sentido porradeiro (?) da palavra, briga de qualquer espécie. Eu tenho esse jeito persuasivo e nada humilde, mas eu sempre acabo fazendo vista grossa pras coisas, só pra não ter que ter atrito com quem eu gosto. Acabo fingindo que não tem nada acontecendo só pra não ter que acabar falando algumas verdades (que precisavam ser ditas com urgência) só para não piorar (ainda mais) as coisas com os meus amigos.

Amigos eu tenho alguns (com toda as propriedades que a palavra exige), que com o tempo foram mudando cada vez mais. Como mudaram, como o tempo passou (assim dizem as tias velhas). Fico pensando em quanto tempo ainda vai passar e em quanto ainda vão mudar meus amigos, até que o tempo e a distância (implacáveis, como sempre) vão se encarregar de transformá-los em "meros conhecidos" (conhecidos que, às vezes, eu já desconheço).

Há algum tempo, eu precisei de um amigo. E não tinha nenhum ao meu lado. E, enquanto eu olhava para os lados e somente enxergava um "deserto", me lembrava dos momentos em que estive ao lado de meus amigos, de como eu me esforçava para transformar o "deserto" deles, num lugar agradável novamente. Pensei: vou sair dessa sozinha (e saí, mesmo).

Hoje estava pensando nisso: vale a pena se esforçar pra manter uma amizade? Vale a pena sempre tomar a iniciativa para dar continuidade a uma amizade, onde parece que seu amigo nem se importa? Sim, vale a pena. Pois somente a amizade verdadeira proporciona certos momentos inesquecíveis na sua vida.

O foda é que tem (algumas) pessoas que realmente não se importam. Se você está precisando de ajuda te derem às costas (sem malícia) uma coisa é certa: acabou a amizade.

[Só para lembrar]. As pessoas gostam de julgar as outras. É interessante ver como os outros lhe percebem. Por que as pessoas não analisam a própria vida em vez de ficarem gastando seu raro tempo com a minha? Decidi não falar mais nada sobre mim. Não ficar contando os pormenores da minha vida para seu ninguém, assim evito problemas futuros. Posso (e vou) até dar margem à imaginação das pessoas, que na ausência de minha conversa pensarão o que quiserem (e eu não me importarei). Deixa imaginarem o que bem quiserem. A partir de hoje eu vou pensar muito (mesmo) antes de confiar em alguém. O pior é que eu deveria rir desse povo que adora falar tanto da minha vida, porque é o tipo de gente que não devia mais fazer a menor diferença na minha vida, mas não, eu ainda levo em consideração algumas pessoas. Sou ridícula até não aguentar.

PS: alta confusão mental nesse texto. Estou pensando como alguém (no caso eu), consegue escrever coisas tão desconexas (existe essa palavra?). Alguém aí conhece um Analista de Psique?
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13 de Junho de 2006

"Menina não chore assim, você ainda tem muito pra ver
seus olhos não iam acreditar no que eu mandei o mundo fazer pra você
Menina não fica assim, com essa tristeza nos seus olhos cor de Melveja o desenho colorido que as nuvens pintaram no céu.
Lembre-se das vidas que se encontraram por acaso
e permaneceram fazendo versos, fazendo rimas.
Complicações sutis e coloridas, cantos e encantos, brilho de estrelas, horas sem fim.

E a amizade que não depende de tempo ou de espaço,
de batidas nem de compasso certo pra dar certo,
a poesia com mais fantasia que eu já vi é feita de Mel.

Nesse quarto branco, você entrou com seus próprios pés
Pinte as paredes da sua vida com as cores que você quiser.
Olhe para o lado e com certeza eu estarei lá,
não importa o que aconteça, certas coisas não vão mudar.
Ainda prefiro os óculos, ainda gosto da sua ironia,
ainda gosto das piadas sem graça, ainda prefiro a sua alegria.

E a amizade que não depende de tempo ou de espaço,
de batidas nem de compasso certo pra dar certo,
a poesia com mais fantasia que eu já vi é feita de Mel."
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12 de Junho de 2006


Libido omitida, saudade camuflada,
Braços vazios dos seus abraços.
Enjôos e fobias.
Angustia engolida, o pudor polido.
Sonhos em versos de realidade.
Liberdade em essência - alma contida, no entanto.

Já sei ler os mapas do céu, já sei ler os olhos.
Já sei voar entre os sóis, já sei pisar nas suas pegadas.
Já sei verter lágrimas de gratidão, já sei decifrar sonhos.
Quero asas.
Quero voar sobre casas.
E sobre ruas.
E sobre luas.
Quero brilho de amanhecer e magia incolor.
Quero cheiro de terra e fonte inesgotável de desejos.
Quero que a noite seja refúgio de ironias
entre enredos e poesias.
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10 de Junho de 2006

E aonde quer que eu vá,
lá está sua ausência
fazendo um silêncio insuportável - típico das suas ausências.

Qualquer porta para entrar no seu mundo está fechada,
e as janelas embaçadas com aquela poeira
-que, como você bem sabe, me faz espirrar.

Você ainda joga do mesmo jeito,
com as mesmas cartas
e estratégias.

Ainda é intangível,
ainda não te alcanço.

Ainda é de cristal
e ainda derrete quando chove.
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E aonde quer que eu vá,
lá está sua ausência
fazendo um silêncio insuportável - típico das suas ausências.

Qualquer porta para entrar no seu mundo está fechada,
e as janelas embaçadas com aquela poeira
-que, como você bem sabe, me faz espirrar.

Você ainda joga do mesmo jeito,
com as mesmas cartas
e estratégias.

Ainda é intangível,
ainda não te alcanço.

Ainda é de cristal
e ainda derrete quando chove.
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07 de Junho de 2006

Aquela velha sensação de ser perdida
Aquela mesma certeza de não saber ser eu
Não saber do que gosto e, muito menos, do que quero.

Os lugares são sempre tão bonitos mas têm cheiro de flor murcha em velório
As músicas soam distoantes e me agradam mesmo assim
As cores estão se misturando na minha frente, todas elas.

Estou confusa
Mas acho que nunca deixei de ser.
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06 de Junho de 2006

We wish to represent the Great Britain in the Berlin Conference due to the fact that the interest in the region by the present nations increased when Henry Staley - which, by the way, was english - discovered the last unknown part of Africa.
We do believe that being the foremost global power and the most extensive empire in world history the British Empire would be the only one in the conferece who should attach new colonies offering them progress and protection.
At last, but not least, one of the delegates has lived in Great Britain and would like to deffend the country.
Already thank you for the attention

Estefânia Mesquita and Fernanda Bittencourt
(Futures Delegates from Great Britain in the Berlin Conference - 1884/85)

VEM NI MIM MINI-ONU
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03 de  Junho de 2006

Tem dias em que a inspiração escorre, transborda, excede...
Tem outros em que ela foge, se esconde de mim...
Hoje estou assim: à procura de um pouco de inspiração que me ajude a escrever alguma coisa.
Amanhã é bom que ela apareça....
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01 de Junho de 2006

Às vezes me parece difícil ser simples, essencial. De ter a coragem suficiente para verter lágrimas livremente, e falar as coisas que o coração sente. Deixar aquelas máscaras que escondem nossos segredos cairem no chão, doa a quem doer.

Sempre nos curvamos diante da nossa mediocridade e engolimos aquelas palavras que, muitas vezes, precisariam ser ditas.

E com o passar do tempo, vamos nos distanciando de nós mesmos, e um vazio passa a nos envolver,e nossos dias se tornam tristes, e nossas amizades vazias, pois nós nos escondemos em falsidades conceituais para sermos agradáveis aos outros,
e esquecemos de nossa verdadeira essência: O Amor.
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Arquivos postados em agosto de 2006 
Domingo, Agosto 20, 2006

Eu simplesmente gostaria de escrever a coisa mais bonita do mundo nesse momento...
Sobre a vida, as flores, o céu,o amor, o mar, a música, a primavera e o outono... E tudo mais que fosse bonito de se falar.

Eu realmente gostaria de saber como fazer o tempo ficar parado até que eu pudesse absorver cada segundo de inspiração.

Mas, com certeza, se eu quisesse traduzir eu teria de inventar infinitas novas palavras e mesmo assim ainda seria pífio, tendendo ao ridículo.

É o sentimento sem nome, que consome a gente, que inebria e que dá um medo... 

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Quinta-feira, Agosto 17, 2006

Eu me apaixono cada vez mais
Por cada traço de perfeição.
Por cada pedaço de virtude,
Por cada espaço totalmente preenchido por beleza,
Por cada centímetro de talento absoluto.

Eu me apaixono cada vez mais
Por cada sorriso,
Por cada gesto,
Por cada palavra.

Eu me apaixono cada vez mais
Por cada cor,
Por cada tom,
Por cada céu,
Por cada sol.

Eu me apaixono cada vez mais
Por cada defeito,
Por cada ausência,
Por cada inverno,
Por cada despedida.

Eu me apaixono cada vez mais
Por cada detalhe de inocência,
Por cada sopro de pureza,
Por cada infinito novo.

E cada segundo que passa,
cada espaço lá fora
e tudo mais no mundo,
já nem importa tanto assim.

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As ondas quebrando nas pedras
E a sua ausência gritando silêncio
Por todo lugar.

A fonte do céu é mais linda
quando vista de perto.

A vida não joga dados,
mas se diverte com as cartas.

A voz não sai,
e daí?
Eu adoro silêncio.

Estou caindo num abismo,
e daí?
Eu adoro voar!

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Domingo, Agosto 13, 2006

Quero falar das cores
e das músicas mais lindas

Quero fazer poesia
e colorir com pó de estrelas

Quero carinhos suaves
enquanto conto o final da história

Quero canções de ninar sem despedidas

Posso te mostrar o mundo?

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Sábado, Agosto 12, 2006

When my lips called you
-and you said "no"-,
It was pretty easy to fill them
with any somebody.

When my hands wanted you,
-but you were not here-,
It was pretty easy to fill them
with any somebody.

But what should I do
With my heart,
if there is not even
one little space left to fill
with any somebody,
if there is nothing else here
but you?

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Segunda-feira, Agosto 07, 2006

Sonhos... Daqueles que só existem quando estamos de olhos bem fechados... Daqueles sem gravidade e com a lente colorida de laranja... Daqueles com trilha sonora definida pelo acaso....

Queria dormir e ter um sonho desse... Pelas próximas cem noites... E parar de procurar sentimentos em lábios que eu já sei que não vou encontrar nada além de tédio... Até porque, de que adianta procurar sentimento, se o mais forte deles já me encontrou?

Devia viajar pra bem além de onde meus olhos alcançam e passar, por lá, meus próximos trinta anos...
Devia descobrir meus motivos...
Devia inventar razões...
Devia querer fugir...
Devia encontrar soluções...

Estranho seria se eu não me apaixonasse por você... mas ia ser bem mais fácil...

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Sem sutilidades daqui pra frente...

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Domingo, Agosto 06, 2006

Tédio de domingo a noite...
Vontade de ter o tal veneno anti-monotonia...
De entender as minhas razões...
E de gostar de fazer o que eu não queria... 

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Sábado, Agosto 05, 2006

Pelo menos ainda existe a música... 

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Arquivos postados em julho de 2006 
25 de Julho de 2006

Mágica...
talvez encantamento.
Não consigo evitar seus olhos.
Na verdade nem tento.
Não sei o porquê
e isso não importa.
Na verdade,
nada mais importa.
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20 de Julho de 2006


MANUAL PARA BOM CONVÍVIO COM ESTEFÂNIA MESQUITA LUNARDI SÉRIO

1-DOS INTERESSES E OPINIÕES

Não é necessário ter interesses e opiniões afins com Estefânia Mesquita para um bom convívio (com exceção de música e poesia - ver art.5). No entanto é de suma importância saber posicionar-se de maneira clara e adequada para evitar interpretações errôneas que possam trazer algum tipo de problema posterior.

2-DA SINCERIDADE

É essencial que se sinta total liberdade para criticar, elogiar, questionar, cobrar, não compreender, amar, odiar e/ou falar sobre toda e qualquer coisa. Sem essa liberdade jamais existirá a sinceridade necessária para o bom convívio.

3-DOS DESAFIOS

Estefânia Mesquita é motivada por desafios. Portanto, não seja do tipo fácil, que elogia tudo que ela diz. Sem complicar demais, crie um pouquinho de dificuldade. Apesar de gostar de tomar a frente das situações e dar voz de comando, não permita, em hipótese alguma, que ela mande em você. É importante que ela possa admirá-lo, respeitá-lo como um igual... Em termos.

4-DA INCOMPREENSÃO

É muito difícil saber ler e interpretar o Universo de Estefânia Mesquita. Ela desiste de se fazer entender antes mesmo de começar refugiando-se no mais seguro mundo da fantasia onde toda (aparente) incongruência é bem vinda. Você vai precisar aprender a ler os sinais e entender o que está acontecendo, o que ela está querendo dizer. Não espere que a razão explique. Nem Freud explica.

5-DA MÚSICA E POESIA

Não é necessário gostar de música e/ou poesia. É necessário precisar delas para respirar. Não é necessário saber tocar algum instrumento, cantar ou escrever versos, somente apreciar qualquer tipo de arte.

6-DAS DISCUSSÕESNunca lute com Senhorita Lunardi, apenas relute. Melhor não entrar em competição com ela, senão é como se você passasse para linha inimiga.

6.1-DAS LUTAS

Ao se sentir provocada, o sangue lhe sobe a cabeça e nada impedirá que ela transforme qualquer ambiente em uma batalha campal. Nesse momento, pare a briga. Ela agirá como se nada tivesse acontecido.

7-DA MONOTONIA

Ela sempre é mais caleidoscópio do que a monótona realidade. Portanto, não a faça bocejar. Sra. Sério adora mudanças e detesta rotina. Sendo asssim, tome as devidas providências. Quais? Ora, use sua imaginação.

8-DA INDIFERENÇA

Grite, abrace, chute, cuspa, beije, xingue. Indiferença, jamais, isso acaba com ela.

9-DAS MUDANÇAS

Não espere que ela mude. Ou você aceita e acostuma-se com o Estefânia's lifestile ou ela vai achá-lo muito chato.

10-DAS CONVERSAS

Fascinada pelas palavras e pelos mundos que elas trazem em si, adora conversar. Ela é capaz de ficar falando durante horas. Adora compartilhar suas idéias e informações com as pessoas. Não espere, contudo, que ela consiga ficar ouvindo longas exposições, a não ser que o tema seja muito interessante e abra possibilidades para muitos outros assuntos. Só pra lembrar: não conte toda a sua vida de cara.

11-DO HUMOR

Nunca, never, jamais, em tempo algum seja mau-humorado. Ela é sempre lúdica, tem muito senso de humor e adora rir, inclusive de si mesma... Brinque com ela. Aprecia toques de humor e ironia, mas não em cima dela, claro.

12-DOS COMBINADOS

Se combinou algum programa ou fez algum acordo com Mademoiselle Mesquita, não mude de idéia na última hora. Entretanto, não exija, ou melhor, nem se desgaste querendo que ela siga um roteiro pré-fixado ou que faça exatamente o que foi combinado, não a entedie com regrinhas.

13-DA VIDA SOCIAL

Caso você seja daquele tipo que quer ficar sempre sozinho, incógnito, ou escondido em uma ilha deserta, talvez tenha sérios problemas, pois ela é altamente social. Gosta de fazer tudo junto, adora companhia - e só a sua às vezes pode não ser o suficiente. Isso não quer dizer que não gosta de você, é que ela sente necessidade de convivência com os outros seres humanos e de participar no que acontece com a sociedade.

14-DOS IDEAIS

Ter idéias e ideiais é um bom começo. Sim, é um ótimo começo. A possibilidade de realizar esses ideais e antes de tudo, conversar sobre eles com alguém pode ser muito interessante. Você nem vai precisar dar corda, pois ela tem baterias próprias nessas horas - e das alcalinas.

15-DOS SORRISOS

Para agradar esse ser multifacetadoe e sensível, basta situações especiais: lugares bonitos, música, violão e uma boa bebida sempre funcionam bem. O importante é a atmosfera de sonho. Não precisa luxo e ostentação, pois o que conta mesmo é a imaginação. E isso ela tem de sobra, pode até emprestar pra você. Mas sempre a faça sorrir e evite as lágrimas. Ela não gosta muito de vertê-las e provavelmente se sentirá constrangida se chorar perto de alguém.

16-DO EGOCENTRISMO

Ela pode parecer muito mimada, por querer tudo primeiro para si. Eu, eu e eu será a frase final com que procurarão encerrar muitas das discussões que a desagradam. Além disso, tende a possuir uma acentuada arrogância e irascibilidade. No entanto, se preocupa muito com os outros, não duvide disso.

17-DA FIDELIDADE

Seja leal e fiel. Ela sempre será àqueles que ama. Nunca questione isso, é seu mais alto valor.

18-DO MANUAL

Não é necessário seguir o manual para um bom convívio. É só você ser legal. Ou ter alguma coisa fascinante.
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17 de Julho de 2006


Preciso escrever uma música. Preciso de inspiração. Preciso de luz colorida. Quero escrever uma canção bonita, que não fale de passarinhos da primavera. Quero escrever alguma coisa que realmente saia de mim. Não quero música de videokê. Sempre odiei videokê. Preciso de uma lata de tinta pra pintar a parede do meu quarto de outras cores. Preciso viajar pra outro universo. Preciso descobrir a fórmula que me fazia inspirar antes. Preciso de alguma coisa antiga que se perdeu. Preciso de coisas novas. Não sei. Preciso de alguma coisa.

Trying to write a beautiful song.
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13 de  Julho de 2006

Tentei escrever várias poesias, tentei escrever alguma coisa que retratasse meus sentimenots. Queria, ao menos por uma vez, saber ter fidelidade ao descrever o que se passa em mim, sem metáforas, meias palavras ou conotação. Queria ser totalmente real. Mas não existem palavras válidas pra isso. Todas parecem tão pouco, pífio. Talvez o vazio do silênico seja mais que ideal. Talvez, por ser mais simples, seja mais verdadeiro.

Deixo, então, meu silêncio e, talvez, alguém possa senti-lo e decifre o que eu jamais saberia colocar em palavra alguma. 
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05 de  Julho de 2006

Queria morar na praia. Agora, nesse exato momento, estar olhando para o mar, sentada na areia com um coco geladinho. Queria andar livremente pela areia, sem chinelos, sentindo, vez ou outra, uma onda mais atrevida molhar meus pés. Ver as crianças construindo castelinhos de areia, os jovens jogando bola com um gol improvisado de Havaianas e o pessoal mais velho em suas cadeiras reclináveis, lendo revista de fofoca.

Ah... Aquele barulinho incômodo - e mais prazeroso impossível - da bolinha de frescobol indo de encontro à raquete, incessantemente. Os pés sujos de areia e a sensação de alívio ao lavá-los em alguma ducha de quiosque.

Se chovesse, jogaria baralho. Se fizesse frio, andaria pelas lojinhas à beira mar, com aquele cheiro de maresia e até mesmo aquela sensação estranha de não saber que horas são.

Eu queria mesmo era dar um tempo desse stress. Dar um tempo dessa dimensão, desse universo. Uma praia cairia bem. Claro, só se fosse bem acompanhada. Porque, pra ficar sozinha, fico por aqui mesmo.
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